quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Santo Antão na Aldeia de Creado


Santo Antão do Deserto, também conhecido como Santo Antão do Egipto, Santo Antão, o Grande, Santo Antão, o Eremita, Santo Antão, o Anacoreta, ou ainda O Pai de Todos os Monges, é comummente considerado como o fundador do monaquismo cristão.

Uma vez que o seu nome latino é Antonius, em traduções displicentes de obras onde o seu nome figura para a língua portuguesa, o nome do santo tem sido vertido como António do Deserto, do Egipto, o Grande, ... (nome que, de resto, mantém nas demais línguas europeias), mas que tem suscitado confusões, pela homonímia, com o Santo António de Lisboa. Tratam-se, pois, de dois santos distintos e, para melhor diferenciá-los, é preferível optar pelo nome - de resto já consagrado pela tradição vernácula -, de Santo Antão.

Conhecemos a sua vida graças ao relato que dela nos fez Santo Atanásio de Alexandria, na Vita Antonii cerca de 360. Segundo este, teria nascido em 251, na Tebaida, no Alto Egipto, e falecido em 356, portanto com cento e cinco anos de idade.

Cristão fervoroso, com cerca de vinte anos tomou o Evangelho à letra e distribuiu todos os seus bens pelos pobres, partindo de seguida para viver no deserto. Aí, segundo o relato de Atanásio, e tal como sucedera com Jesus, foi tentado pelo Diabo, mas por muito mais que os quarenta dias que durou a Jesus, não hesitando os demónios em atacá-lo. Porém, Antão resistiu às tentações e não se deixou seduzir pelas tentadoras visões que se multiplicavam à sua volta.

O seu nome começou a ganhar fama, e começou a ser venerado por numerosos visitantes, sendo visitado no deserto por inúmeros peregrinos.

Em 311 viajou até à Alexandria para ajudar os cristãos perseguidos por Maximino Daia, e regressou em 355 para impugnar a doutrina ariana. Foi considerado santo em vida, capaz de realizar milagres. Levou muitos à conversão. Morreu centenário no ano de 356.

A vida de Santo Antão e as suas tentações inspiraram numerosos artistas, designadamente Hieronymus Bosch, Pieter Bruegel, Dali, Max Ernst, Matthias Grünewald, Diego Velázquez ou Gustave Flaubert.

Os religiosos que, tornando-se monges, adaptaram o modo de vida solitário de Antão, chamaram-se eremitas ou anacoretas, opondo-se aos cenobitas que escolheram viver em comunidades monásticas.

Em 1095, foi fundada uma ordem à qual foi atribuído o seu nome: os Antonianos (Canonici Regulares Sancti Antonii - CRSA).

O mais reconhecido Padre do Deserto e um dos maiores Padres da Igreja é celebrado por todas as confissões cristãs a 17 de Janeiro

Sem comentários:

Enviar um comentário